quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Elétricos: será que agora vai?

Depois dos protótipos, montadoras prometem lançamentos

Quem visitar o Salão de Frankfurt (Alemanha), aberto até o próximo domingo (27), pode achar que o motor a combustão está com os dias contados, tamanha a quantidade de carros elétricos expostos. Mas essa realidade ainda está um pouco distante. Segundo a Volkswagen, os elétricos deverão representar apenas de 1,5% a 2% das vendas na Europa em 2020. “Será um nicho de mercado”, aponta o presidente da Audi do Brasil, Paulo Sérgio Kakinoff.

A própria Audi exibiu um R8 elétrico, o e-tron, com lançamento marcado para 2012 — inclusive no Brasil, garante Kakinoff. A configuração do esportivo é bem interessante: o sistema de tração integral se dá pela própria disposição dos motores. São quatro, um em cada roda. E a lateral da roda tem um formato de pás de turbina que, quando o carro está em movimento, serve para resfriar os motores e os freios. Somada a força dos propulsores, temos 312 cavalos, o suficiente para levar o e-tron de 0 a 100 km/h em 4,8 segundos. A máxima é limitada em 200 km/h. Com baterias que podem ser recarregadas na tomada de casa entre seis e oito horas, o R8 elétrico tem autonomia de 248 km, segundo a Audi.

Outra marca que anunciou um elétrico nas lojas foi a Volkswagen. O compacto E-Up! chega ao mercado europeu em 2013 e, segundo a montadora, só não vem antes por uma questão de custos — tecnicamente, ele poderia ser lançado agora. O carrinho entrou rodando na apresentação à imprensa, sem emitir nada (nem barulho). A questão do ruído, aliás, é um dos problemas a serem resolvidos. Um carro que não faz barulho é um perigo nas ruas, podendo causar acidentes e, principalmente, atropelamentos. Por isso, o E-Up! imita o ronco de um motor a combustão pelo sistema de som. Algumas fabricantes de pneus também estudam modelos que produzam maior ruído de rodagem, para uso em carros elétricos.

Uma sacada do carrinho da Volkswagen é o teto com painéis solares que ajudam a recarregar a bateria do motor, e também fornece energia para periféricos como o ar-condicionado. Com autonomia de 130 km (suficiente para o dia de um europeu médio, segundo a fabricante), o E-Up! tem 81 cv, 21,4 kgfm de torque e acelera de 0 a 100 km/h em 11,3 s, com máxima de 130 km/h.

O principal entrave para o sucesso dos elétricos será mesmo o preço. De acordo com Kakinoff, o custo médio dessas baterias automotivas de íon-lítio é de 15 mil euros, cerca de R$ 40 mil. Isso é mais que o preço de um carro compacto na Europa, cerca de 9 mil euros. Assim, o desafio das fabricantes de baterias nos próximos anos é baixar esse custo, em conjunto com as montadoras — a produção em maior escala pode ser a principal solução. De qualquer forma, o preço do sistema é muito mais viável que o do hidrogênio, na casa dos 85 mil euros.

E no Brasil?

Com a oferta do álcool e o motor flex, o país não deve receber os elétricos tão cedo. Os híbridos devem chegar antes. Segundo executivos das principais montadoras, “o Brasil tem uma solução muito mais barata e pronta nas mãos”. De qualquer forma, eles devem vir a conta-gotas. Se depender da Audi, o R8 elétrico chega aqui em 2012.

Um comentário:

  1. acho que vai demora muito ainda!esse eletricos..

    da uma olhada no meu novo blog.entra lá em seguidores eu estou te seguindo! castelomau

    acdmaraba.blogspot.com

    valeu...

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