quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Elétricos: será que agora vai?

Depois dos protótipos, montadoras prometem lançamentos

Quem visitar o Salão de Frankfurt (Alemanha), aberto até o próximo domingo (27), pode achar que o motor a combustão está com os dias contados, tamanha a quantidade de carros elétricos expostos. Mas essa realidade ainda está um pouco distante. Segundo a Volkswagen, os elétricos deverão representar apenas de 1,5% a 2% das vendas na Europa em 2020. “Será um nicho de mercado”, aponta o presidente da Audi do Brasil, Paulo Sérgio Kakinoff.

A própria Audi exibiu um R8 elétrico, o e-tron, com lançamento marcado para 2012 — inclusive no Brasil, garante Kakinoff. A configuração do esportivo é bem interessante: o sistema de tração integral se dá pela própria disposição dos motores. São quatro, um em cada roda. E a lateral da roda tem um formato de pás de turbina que, quando o carro está em movimento, serve para resfriar os motores e os freios. Somada a força dos propulsores, temos 312 cavalos, o suficiente para levar o e-tron de 0 a 100 km/h em 4,8 segundos. A máxima é limitada em 200 km/h. Com baterias que podem ser recarregadas na tomada de casa entre seis e oito horas, o R8 elétrico tem autonomia de 248 km, segundo a Audi.

Outra marca que anunciou um elétrico nas lojas foi a Volkswagen. O compacto E-Up! chega ao mercado europeu em 2013 e, segundo a montadora, só não vem antes por uma questão de custos — tecnicamente, ele poderia ser lançado agora. O carrinho entrou rodando na apresentação à imprensa, sem emitir nada (nem barulho). A questão do ruído, aliás, é um dos problemas a serem resolvidos. Um carro que não faz barulho é um perigo nas ruas, podendo causar acidentes e, principalmente, atropelamentos. Por isso, o E-Up! imita o ronco de um motor a combustão pelo sistema de som. Algumas fabricantes de pneus também estudam modelos que produzam maior ruído de rodagem, para uso em carros elétricos.

Uma sacada do carrinho da Volkswagen é o teto com painéis solares que ajudam a recarregar a bateria do motor, e também fornece energia para periféricos como o ar-condicionado. Com autonomia de 130 km (suficiente para o dia de um europeu médio, segundo a fabricante), o E-Up! tem 81 cv, 21,4 kgfm de torque e acelera de 0 a 100 km/h em 11,3 s, com máxima de 130 km/h.

O principal entrave para o sucesso dos elétricos será mesmo o preço. De acordo com Kakinoff, o custo médio dessas baterias automotivas de íon-lítio é de 15 mil euros, cerca de R$ 40 mil. Isso é mais que o preço de um carro compacto na Europa, cerca de 9 mil euros. Assim, o desafio das fabricantes de baterias nos próximos anos é baixar esse custo, em conjunto com as montadoras — a produção em maior escala pode ser a principal solução. De qualquer forma, o preço do sistema é muito mais viável que o do hidrogênio, na casa dos 85 mil euros.

E no Brasil?

Com a oferta do álcool e o motor flex, o país não deve receber os elétricos tão cedo. Os híbridos devem chegar antes. Segundo executivos das principais montadoras, “o Brasil tem uma solução muito mais barata e pronta nas mãos”. De qualquer forma, eles devem vir a conta-gotas. Se depender da Audi, o R8 elétrico chega aqui em 2012.

GM Agile está chegando

Conheça alguns detalhes sobre o novo hatch

Três anos e meio após o início do projeto, o Agile está pronto para o lançamento. O modelo é um hatchback com quatro metros de comprimento e porte elevado, que vem para concorrer principalmente com Fox e Sandero. O Agile (primeiro produto do projeto Viva) tem uma plataforma nova, mas utiliza suspensão do Corsa, com modificações. O motor 1.4 Econo.Flex dá uma boa agilidade ao carro, mas não espere milagres. Mesmo com a relação de câmbio mais curta, o Agile ficou um pouco mais lento que o Corsa. Isso é resultado da pequena perda de potência, causada pelas mudanças no sistema de admissão e exaustão. No novo modelo, o motor rende 102 cv com álcool, ante 105 no Corsa, Montana e Meriva, que empregam a mesma motorização.

Ele estreia o painel com “duplo cockpit”: os dois lados (motorista e passageiro) são simétricos. É uma receita que foi empregada no primeiro Corvette, de 1953. O modelo chega em duas versões de acabamento (LT e LTZ), e oferece de série itens como computador de bordo, controlador de velocidade, direção hidráulica, banco do motorista com regulagem de altura e limpador no vidro traseiro. O ar-condicionado (digital) é opcional em ambas as versões.

A posição elevada ao volante agrada, e a visibilidade é boa. A suspensão tem maior curso, quando comparada com Corsa, mas o comportamento do carro é bom, tanto em curvas como em pisos irregulares. O aparelho de som, muito baixo, exige que o motorista abaixe muito a mão para mexer nos controles. O painel é bonito, mas o ponteiro do conta-giros tem movimento fora do usual, de cima para baixo. É meio estranho.

O revestimento de portas é bom, idem para os bancos, com desenhos em baixo relevo. Com quatro metros de comprimento, o espaço é bom tanto na frente como atrás. O porta-malas para 327 litros também é amplo, mas há um problema: a tampa só pode ser aberta pela chave. Por fora, o estilo agrada tanto de lado como de traseira, mas a dianteira tem uma certa dose de polêmica: a grade é muito ampla, e o capô é bem alto. O efeito colateral é que a aerodinâmica não é das melhores: o coeficiente de 0,37 significa que o carro briga muito com o ar, elevando o consumo e atrapalhando o desempenho.

A GM ainda não divulgou os preços (o que só deve ser feito no dia 5 de outubro), durante o lançamento oficial, mas a versão mais barata, LT, deverá custar a partir de R$ 34.500.

Além do Agile hatch, a família deverá crescer: estão previstas as chegada de uma picape, um off-road leve (para brigar com o EcoSport) e futuramente um sedã. O modelo está sendo produzido na fábrica de Rosário, na Argentina, numa segunda etapa ele será montado também na fábrica de São Caetano do Sul, no ABC paulista. O teste completo do modelo está na Autoesporte de outubro, que chega às bancas nesta sexta-feira, dia 25.

Interior vem com painel digital e compartimento para instalar o GPS

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Lançamento - Volvo C30

Grande sucesso da marca escandinava, hatchback passa por leve reestilização

Um dos maiores responsáveis pelo aumento de vendas (e popularidade) da Volvo vai ganhar cara nova em Frankfurt. O C30 será apresentado no evento alemão com uma leve reestilização, que o deixou parecido com os outros modelos da montadora.

As maiores alterações se concentram na dianteira, que recebeu novos faróis e grade frontal, além de um para-choque redesenhado. No geral, o visual é muito semelhante ao crossover XC60, sucesso na Europa e lançado há poucos meses no Brasil. Lateral e traseira sofreram apenas pequenas modificações.

Internamente, o modelo exibe novas padronagens de tecido e couro, incluindo uma combinação das cores marrom e bege batizada de Espresso/Blond. O painel se manteve inalterado em relação ao seu antecessor.

Na Europa, a nova geração do C30 será oferecida com dez opções de motorização, sendo cinco delas abastecidas com gasolina – como a esportiva T5, de 230 cv – e as outras cinco movidas a diesel. O hatchback ainda não tem data prevista para desembarcar no mercado brasileiro.

Fiat lança Palio Weekend Trekking 1.8

Montadora também reduziu preços das outras versões da perua

A Fiat anunciou nesta segunda-feira, 21 de setembro, o lançamento da Palio Weekend Trekking 1.8 Flex.

A nova versão possui um motor 1.8 Flex, de 114 cv se abastecido com álcool e 112 cv se movido a gasolina. Anteriormente, a versão era oferecida apenas com o motor Fire 1.4, que gera 86 cv com álcool e 85 cv com gasolina.

Entre os itens de série, a perua oferece direção hidráulica, volante com regulagem de altura, computador de bordo, abertura interna elétrica do porta-malas e da tampa do tanque de combustível, faróis com máscara negra, faróis de neblina, suspensão elevada, pneus de uso misto e molduras cinzas nos para-lamas.

A lista de opcionais da Palio Weekend Trekking 1.8 possui ar-condicionado, rádio CD Player com reprodução de arquivos em MP3 e Bluetooth, airbag duplo, freios com sistema anti-travamento (ABS), sensor de estacionamento, vidros e travas elétricas e volante revestido em couro.

A nova versão tem um preço sugerido de 42.270 reais e vem acompanhada de um reposicionamento de valores em toda a linha.

Confira a nova tabela de preços das versões da Palio Weekend:

Palio Weekend ELX 1.4: R$ 38.770
Palio Weekend Trekking 1.4: R$ 40.770
Palio Adventure Locker 1.8: R$ 52.680
Palio Adventure Locker 1.8 Dualogic: R$ 54.470

Lançamento - Renault Fluence

Derivado do Mégane europeu, novo sedã pode vir para o Brasil em 2010

Apesar de ter boas qualidades, o Mégane sempre foi ofuscado pela concorrência – especialmente Honda Civic e Toyota Corolla – e nunca decolou no Brasil. Mas a possível chegada do Fluence pode ser o primeiro passo para mudar essa história.

O sedã será uma das estrelas da Renault no Salão de Frankfurt, que acontece em setembro na Alemanha. A inspiração na terceira geração do Mégane é perceptível na dianteira, que tem traços parecidos – mas não iguais – aos do hatch. Os vincos no capô, o formato dos faróis e o desenho do para-choque distinguem os dois modelos.

O desenho das janelas é mais tradicional e segue as linhas do teto, com uma suave queda e uma traseira comportada. As lanternas invadem a tampa do porta-malas, dando um aspecto um pouco conservador ao sedã.

Por dentro, o painel é o mesmo do hatchback, com destaque para a partida por meio de um botão (assim como ocorre com o Mégane brasileiro), sistema de som com conexão USB e Bluetooth e o sistema de navegação por satélite, que na Europa será vendido como opcional.

Ar-condicionado, freios com sistema anti-travamento (ABS) e distribuição eletrônica de frenagem (EBD), controle de estabilidade, seis airbags (dois frontais, dois laterais e outros dois do tipo cortina) e cintos de segurança com pré-tensionadores são oferecidos de série desde a versão mais básica.

No Velho Continente, o Fluence será vendido com sete opções de motorização, sendo duas movidas a gasolina e as demais abastecidas com diesel.

O modelo, que será produzido na Turquia, foi concebido especialmente para mercados emergentes e pode ser fabricado na Argentina em 2010. Caso isso aconteça, o Fluence realmente pode substituir o Mégane no Brasil.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Fiat reduz preços da linha Punto

Hatch ficou, em média, R$ 2 mil mais barato

Enquanto em Frankfurt os europeus podem conhecer a reestilização do Punto, no Brasil a Fiat anuncia um reposicionamento de preços de todas as versões do hatchback, salvo a esportiva T-Jet.

O Punto 1.4 sofreu uma redução de 2 mil reais, passando a custar 36.640 reais. A versão também passa a oferecer o Kit Comfort, composto por ar-condicionado, volante com regulagem de altura e profundidade, console central com apliques na cor prata e para-brisa degradê. O preço do pacote de opcionais é de 2.100 reais.

As demais versões sofreram apenas um reajuste em seus preços, que varia entre 2 mil reais e 2.300 reais. O ELX 1.4 passa a ser vendido por 40.470 reais, enquanto que o HLX 1.8 tem um valor sugerido de 43.310 reais. Já o Sporting 1.8 pode ser comprado por 50.700 reais.

Volkswagen Golf R

Esportivo impressiona com 270 cv e substitui o R32 da quinta geração com sobras


Até pouco tempo atrás, o R32 ostentava o posto de Golf mais potente de todos os tempos. Mas este título acaba de mudar de mãos com a chegada do Golf R, que oferece a combinação dos sonhos de qualquer montadora: alto desempenho e baixo consumo.

A tradicional cor azul que identifica os Volkswagen esportivos é apenas uma das exclusividades do hot-hatch. A dianteira exibe para-choques exclusivos, com grandes tomadas de ar parecidas com as do cupê Scirocco.

As rodas de liga leve têm desenho exclusivo, combinando com as saias laterais, enquanto que a traseira ostenta um vistoso aerofólio e duas ponteiras de escape centrais. O interior parece ter sido feito sob medida para o motorista (e aspirante a piloto), com um volante de três raios revestido de couro perfurado e bancos do tipo concha com o logotipo “R”.

Sob o capô, o motor 2.0 TSI é uma perfeita amostra do conceito de downsizing, que são motores de baixa cilindrada e alta potência. O conjunto gera 270 cv e um torque de 35,69 mkgf, suficientes para fazer com que o Golf acelere de 0 a 100 km/h em 5,7 segundos, número que cai para 5,5 segundos com a transmissão de dupla embreagem (DSG). A velocidade máxima é limitada eletronicamente em 250 km/h.

A lista de itens de série é ampla e inclui controle eletrônico de estabilidade (que agora conta com um modo esportivo), tração integral 4Motion, ar-condicionado digital e rodas de 18 polegadas. No mercado alemão, o Golf R poderá ser encomendado a partir do fim de 2009.

Opel Astra

Totalmente renovado e mais esportivo, o hatch chega para bater de frente com o Golf VI

Os últimos meses foram de intensa turbulência para a Opel, mas a compra pela Magna International pode garantir o futuro da montadora. Enquanto isso, a ex-subsidiária da GM apresenta a nova geração do Astra em Frankfurt.

O hatchback possui um desenho bem esportivo, que não esconde a inspiração no sedã Insignia. A dianteira exibe um visual arrojado, com destaque para os faróis de formato irregular e a bela grade de formato trapezoidal.

A lateral conta com a linha de cintura ascendente e um vinco marcante na parte inferior das portas, solução inaugurada na Opel justamente pelo Insignia. Já a traseira tem belas lanternas – de formato quase idêntico ao dos faróis – que invadem a tampa do porta-malas. O vidro trapezoidal dá o toque final e também acompanha a silhueta da lateral, criando um interessante efeito visual.


O carro conta com uma série de inovações tecnológicas, como os faróis com iluminação bi-xenon com ajuste de luminosidade e o inovador sistema Opel Eye, que identifica as placas de sinalização e alerta o condutor sobre mudanças de faixa inadvertidas.

A Opel oferecerá oito opções de motorizações para o Astra, sendo quatro delas movidas a diesel (com potências que variam entre 95 cv e 160 cv) e as outras quatro com gasolina, variando entre 100 cv e 180 cv.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Hyundai Tucson 2.0 GLS x Honda CR-V LX 2WD


O Hyundai Tucson caiu nas graças do público e se tornou um sucesso de vendas. Como não poderia deixar de ser, essa confortável posição o coloca na mira da concorrência. A mais nova investida é da Honda, que criou uma versão mais simples do CR-V, com redução de preço. A versão 4x4 caiu de 123 000 para 110000 reais e a nova 4x2 estréia a 94 500 reais.

Em 2007, o Tucson foi o líder absoluto do segmento de utilitários esportivos importados. No primeiro trimestre deste ano, manteve a ponta com 4969 unidades emplacadas, contra 1269 do segundo colocado, que é o Kia Sportage. O Honda CR-V, com apenas 191 unidades, estava "fora do mercado", como dizem os comerciantes do setor.

Neste comparativo alinhamos a versão GLS 2.0 4x2 automática do Tucson - que custa 82 000 reais - com a LX 2.0 4x2, do CR-V. O Honda ainda custa mais caro. Mas o confronto entre os dois importados no mercado ficou mais equilibrado.

O design do Tucson é claramente mais agressivo, com um visual próprio de jipe, com suas linhas bem definidas e superfícies volumosas. O CR-V, por sua vez, com seus contornos mais suaves e elegantes, lembra um carro de luxo. Repare no destaque da grade dianteira dupla e no friso cromado que delineia toda a área envidraçada, na lateral.

No interior, os estilos se mantêm coerentes ao que se vê de fora. O Tucson tem um desenho mais limpo, com a cabine parecendo projetada a partir do posto de direção, como em um típico esportivo. O console é voltado para o motorista e a alavanca do câmbio fica próxima ao volante. Quem viaja nos outros assentos também desfruta de espaço e conforto. Há um descansa-braço entre os bancos traseiros e porta-revistas nos encostos dos bancos dianteiros. No entanto fica claro que é o motorista quem manda no pedaço. Analisando as dimensões internas da cabine, nota-se que no Tucson as maiores distâncias para a cabeça e para as pernas estão nas fileiras da frente.

O CR-V, ao contrário, socializa melhor o espaço. Seu painel de instrumentos tem mostradores grandes que podem ser visualizados até pelos passageiros do banco de trás. E o motorista, que pode ter seu ímpeto no acelerador vigiado pelos passageiros, conta com um segundo retrovisor no console de teto para acompanhar o comportamento da turma no banco traseiro. Como a alavanca do câmbio fica no painel, sobra mais espaço entre os bancos. Há dois grandes compartimentos para as quinquilharias. O único pênalti, na dianteira, é o posicionamento do pedal do freio de estacionamento, bem acima do descansa-pé. Os passageiros de trás têm o piso plano e os cintos de segurança de três pontos dão as boas-vindas aos ocupantes.

No acabamento, o CR-V demonstra um cuidado maior na seleção dos materiais e na confecção das peças, bem como no isolamento acústico da cabine, embora, na unidade avaliada, os limpadores do pára-brisa estivessem ressecados, trepidando e fazendo barulho. O Tucson compensa o acabamento mais simples com alguns recursos, como os párasóis extensíveis nas laterais e com luz e espelhos dos dois lados, coisas indisponíveis no CR-V. Além disso, o Hyundai tem bancos de couro de série, enquanto no CR-V eles são revestidos de tecido.

Litros no porta-malas
Na hora de usar o porta-malas, o Tucson oferece espaço para 528 litros de bagagem e o CR-V, para 524 litros. Os dois têm bancos bipartidos, sendo que o CR-V conta com uma divisória que reparte horizontalmente o porta-malas em dois e o Tucson tem o vidro basculante, que dispensa a necessidade de abrir a porta inteira para ter acesso à bagagem.

O Tucson 2.0 GLS é bem completo. Ele traz itens de série que não constam nem como opcionais do CR-V, como o câmbio automático com opção de trocas no modo manual e o ar-condicio nado digital, além do sensor de estacionamento. O CR-V não decepciona, entretanto. De exclusivo, o jipe da Honda traz computador de bordo e sistema de som com CD player e leitor de arquivos MP3 e WMA. Os dois dispõem de trio elétrico, duplo airbag, piloto automático, freios ABS, controle de tração e rodas de liga leve.

Ao volante, as diferenças antecipadas pelo estilo se confirmaram no comportamento dos veículos. O Tucson é um utilitário mais pronto e sem filtros em suas reações. Sua direção é mais direta, e a suspensão, firme. O câmbio automático permite maior interação com o carro, graças à opção das trocas manuais. O CR-V, por sua vez, roda com mais suavidade, tendo reações mais lentas de um modo geral.

Contar com direção um pouco mais indireta e suspensão mais solta não significa que ele tenha desempenho mais fraco, no entanto. Ao contrário: alinhado com o Tucson no início da pista de Limeira, o CR-V disparou na frente, chegando a 100 km/h quase 2 segundos mais cedo. O CR-V acelerou de 0 a 100 km/h em 12,6 segundos e o Tucson precisou de 14 segundos. Nas retomadas de velocidade, de 60 a 100 km/h em Drive, o Honda também foi mais rápido. Retomou em 7 segundos, contra os 8 segundos do Tucson. Para frear, o CR-V demonstrou igualmente mais disposição. Vindo a 80 km/h, percorreu 27,7 metros até a parada, enquanto o Hyundai parou em 28,1 metros.

No que diz respeito à motorização, o CR-V tira partido de um 2.0 VTEC de alumínio com um comando no cabeçote (SOHC) e 16 válvulas, que gera 150 cv de potência a 6 200 rpm e 19,4 mkgf de torque a 4 200 rpm. O Tucson, por sua vez, é impulsionado por um 2.0 com cabeçote de alumínio, duplo comando (DOHC) e 16 válvulas, com 142 cv de potência a 6 000 rpm e 18,8 mkgf de torque a 4 500 rpm. Basta uma olhada nesses dados para entender por que o CR-V se saiu melhor na pista. No consumo urbano pode-se dizer que houve empate técnico. O Honda ficou com a média de 9,5 km/l e o Hyundai, 9,0 km/l. Mas no consumo rodoviário o CR-V levou vantagem, com a média de 11,5 km/l contra 10,2 km/l.

Aposta alta
Levando em conta que o CR-V passou a vir do México e não mais do Japão e que, além do frete mais barato, ficou isento do imposto de importação (pelo acordo comercial do Brasil com o México), era de esperar que seu preço baixasse ainda mais para enfrentar o concorrente coreano. A Honda, porém, aposta no produto - que neste teste mostrou superioridade em aspectos importantes como o acabamento e o desempenho - e no prestígio de sua marca, conquistado graças aos bons antecedentes da dupla Civic e Fit. A Hyundai é uma marca em ascensão no mercado nacional. E o Tucson tem como trunfos o preço e o bom histórico de vendas.

_______________________________________________

TUCSON - R$ 82 000
A versão GLS 2.0 4x2 tem câmbio seqüencial, ar-condicionado digital e garantia de cinco anos.

DIREÇÃO, FREIO E SUSPENSÃO
Ele é um carro com respostas mais rápidas. A direção hidráulica é mais direta e a suspensão, firme.

MOTOR E CÂMBIO
Tem duplo comando no cabeçote de alumínio e câmbio automático com opção das trocas no modo manual.

CARROCERIA
O estilo é mais agressivo e o acabamento, mais simples. Tem maior ângulo de saída.

VIDA A BORDO
Tem a melhor visibilidade ao volante. O motorista é o centro das atenções na cabine, que conta com soluções interessantes de conforto.

SEGURANÇA
Tem ABS, controle de tração e duplo airbag de série.

SEU BOLSO
O líder do mercado custa menos e tem cinco anos de garantia.

DIMENSÕES
Comprimento/entreeixos (cm): 432 / 263
Altura/largura (cm): 173 / 183
Porta-malas (litros): 528
Peso (kg): 1 549
Peso/potência (kg/cv): 10,9
Peso/torque (kg/mkgf): 82,4
Diâmetro de giro (m): 10,8

FICHA TÉCNICA
Motor: diant., transv., 4 cil., 16V, 1975 cm3
Diâmetro x curso: 82 x 93,5 mm
Taxa de compressão: 10:1
Potência: 142 cv a 6 000 rpm
Torque: 18,8 mkgf a 4 500 rpm
Câmbio: automático seqüencial / 4 / dianteira
Direção: hidráulica / 3,3 voltas
Suspensão: Dianteira: independente McPherson Traseira: independente, dualink
Freios: disco na dianteira e tambor na traseira
Pneus: 235/60 R16

_______________________________________________

CR-V - R$ 94 500
A versão LX 2WD vem com computador de bordo e direção elétrica. A garantia é de três anos.

DIREÇÃO, FREIO E SUSPENSÃO
Seu comportamento é mais suave e voltado para o conforto. Sua direção é elétrica e ele se saiu melhor nas provas de frenagem.

MOTOR E CÂMBIO
O motor VTEC de alumínio gera mais torque e potência que o do rival. O câmbio é automático convencional.

CARROCERIA
Melhor no isolamento acústico e na qualidade dos materiais de acabamento.

VIDA A BORDO
A cabine foi pensada para todos os ocupantes. O ar-condicionado é simples, mas o sistema de som é item de série.

SEGURANÇA
Tem airbags e cintos de três pontos para todos no banco traseiro.

SEU BOLSO
Poderia custar menos - e até agora sua presença no mercado foi inexpressiva.

DIMENSÕES
Comprimento/entreeixos (cm): 452 / 262
Altura/largura (cm): 168 / 182
Porta-malas (litros): 524
Peso (kg): 1 529
Peso/potência (kg/cv): 10,2
Peso/torque (kg/mkgf): 78,8
Diâmetro de giro (m): 11,3

FICHA TÉCNICA
Motor: diant., transv., 4 cil., 16V, 1 997 cm3
Diâmetro x curso: 81 x 96,9 mm
Taxa de compressão: 10,5:1
Potência: 150 cv a 6 200 rpm
Torque: 19,4 mkgf a 4 200 rpm
Câmbio: automático / 5 / dianteira
Direção: elétrica/ 3 voltas
Suspensão: Dianteira: independente McPherson Traseira: independente, duplo A
Freios: discos ventilados na frente e sólidos atrás
Pneus: 225/65 R17

Lançamento - Chevrolet Agile

O Agile será o próximo lançamento da Chevrolet no Brasil e a edição de setembro de QUATRO RODAS traz novas informações sobre o hatch, flagrado com exclusividade na Argentina em julho.

O modelo chega ao mercado nacional em outubro e será fabricado na planta de Rosário, na Argentina. Posicionado entre o Celta e o Corsa, o Agile vai brigar com Renault Sandero e Volkswagen Fox. Por isso, a GM buscou inspiração na concorrência – especialmente no Fox – e priorizou o espaço interno e o desenho esportivo na concepção de seu novo produto.

A novidade será vendida com o motor 1.4 Econoflex, o mesmo que já é utilizado na família Corsa e no Prisma. A família do projeto Viva deve incluir ainda um utilitário esportivo compacto, inspirado nas linhas do conceito GPiX, apresentado na última edição do Salão do Automóvel.

Conheça a nova Volkswagen Saveiro

Pouco mais de um ano após a chegada do novo Gol e 11 meses depois da estreia do Voyage, a família mais importante da Volkswagen do Brasil completa sua renovação com o lançamento da quinta geração da Saveiro. A picape chega às revendas da marca na próxima semana em três versões: 1.6, 1.6 Trend e 1.6 Trooper.

A primeira opção é mais voltada ao trabalho, enquanto a segunda agrega itens como para-choques pintados da cor do carro e calotas, o que confere ao utilitário um ar mais próximo ao de uma “picape de passeio”. Já a Trooper, que traz visual aventureiro, foi concebida para agradar aos jovens.

O objetivo da VW com a renovação total de sua principal linha é claro: roubar a liderança de vendas do mercado nacional da Fiat. Para isso, a Saveiro será uma peça fundamental, já que terá a meta de conquistar clientes da Strada, líder isolada da categoria.

Todas as versões da Saveiro serão equipadas com o motor 1.6 VHT (Volkswagen High Torque) de 101 cv de potência com gasolina e 104 cv com álcool.

Novo Kia Cerato é lançado no Brasil

O novo sedã quer briga com o Honda Civic oferecendo preço mais baixo, a partir de R$ 49 mil. São três versões, duas com transmissão manual e uma com câmbio automático.

Versão de entrada
O novo Kia Cerato, versão de entrada vem com motor 1.6 de 126 cavalos e câmbio manual. A versão está bem equipada com direção hidráulica, vidros elétricos, travamento central, retrovisores com comendo elétrico e pisca-pisca, airbag duplo, computador de bordo, rádio + CD+MP3 com entrada auxiliar e USB, conexão para iPod, controle remoto do rádio no volante, rodas de liga leve aro 15”, keyless com alarme e ar condicionado manual.

Segunda e terceira versão
A segunda versão de transmissão manual custa R$ 52,9 mil. Possui todos os equipamentos da versão de entrada e mais: rodas de liga leve 16”, faróis de neblina, ABS, apoio de cabeça ativo, ar condicionado automático, painel com detalhes cromados, volante e alavanca de câmbio revestidas em couro. A terceira versão vem com câmbio automático, custa R$ 57,9 mil e possui todos os itens das versões anteriores.

Confira o visual do novo VW CrossFox

Modelo fica mais discreto e luxuoso na linha 2010. As principais novidades se concentram no visual do compacto. A decoração aventureira ficou mais discreta: o quebra-mato cede lugar para uma régua prateada na parte inferior do para-choque, tanto na frente quanto atrás.

Na dianteira, os faróis possuem máscara negra e dupla parábola, com desenho igual ao do novo Polo europeu. O para-choque agora é pintado na cor do carro e não mais em preto, assim como maçanetas das portas e retrovisores (estes, tingidos de prata). A tomada de ar tem novo formato e cresceu bastante, a ponto de deixar os faróis de neblina nas extremidades da carroceria.

Outra mudança visível está na faixa preta do rodapé das portas. A raposa estilizada, que era marca registrada do modelo, desapareceu. Em seu lugar, um desenho abstrato que lembra uma cadeia de montanhas.


A parte de trás exibe lanternas fumê iguais às do novo Fox. A tampa traseira ganha um vinco horizontal e sensores de estacionamento serão oferecidos de fábrica. O aerofólio está mais pronunciado, mas a maior novidade é a fixação do suporte do estepe, que passa a ser preso ao para-choque.

Por dentro, o painel é envolvente e traz aconchego para a cabine. O quadro de instrumentos é igual ao do Polo europeu, mas com marcadores de temperatura e combustível analógicos. O volante é o mesmo do luxuoso Passat CC.

A mecânica se mantém inalterada, com o motor 1.6 VHT e suspensão mais alta que a do Fox. O modelo será apresentado juntamente com sua versão “civil” em novembro, em resposta ao lançamento do Chevrolet Agile, que chega em outubro.